domingo, 6 de janeiro de 2013

Reunião com o Sr. Ailson (pé de boto)

 Dia 30 de Dezembro, Dom Ricardo e Josinei tiveram uma reunião com o atual prefeito de Igarapé-Miri, onde o mesmo de bom coração nos doou um terreno onde será a sede de nossa Paróquia, chamada são Jorge...Pedimos que Deus o abençoe nesta nova jornada.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Homilia de 04 de março de 2012
Reverendo Cônego Ricardo Vicente dos Anjos
                                .
Somente a Divina Providência em seus caminhos insondáveis pode
conhecer o porquê de uma Igreja Una, Santa Católica  e indivisa em Cristo de Culto Tradicional que somente numa manhã, talvez num dia  insignificante nos calendários Humanos , mais
importantes nos planos  Divinos realizaremos  este  sonho . No dia 26 de junho de 1890, dentre tantos atos e decretos assinados em nome do Papa Leão XIII, alguns se referiam ao Brasil e serão importantes para compreendermos a história remota que levou à formação desta Igreja. Sim, naquele dia o Papa  Leão XIII, despachou diversos temas, Aceitava a renuncia ao governo da Arquidiocese de São Salvador do Brasil, feita aos 73 anos, por problemas de saúde do seu Arcebispo, Dom Luis Antonio dos Santos, que em consequência recebia o título de Arcebispo Titular de Chalcis na Europa ; Nomeava o novo Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador do Brasil,    Dom Antônio de Macedo Costa (com 59 anos de idade), até aquele momento bispo do Pará ;Nomeava para a vacante Diocese do Pará, o cearense de Sobral Dom Jerônimo Thomé da Silva, aos 41 anos de idade; Nomeava um Bispo para auxiliar de Salvador, Dom Manoel dos Santos Pereira elhe outorgava o título de Bispo de Eucarpia, o qual seria sagrado oportunamente por Dom Antonio de Macedo Costa. Naquela manhã seriam nomeados outros tantos bispos e arcebispos, uns tantos apenas confirmados, pois eleitos pelo Imperador da Áustria ou pelo da França. O certo é que naquele dia alguns fatos alterariam o curso da história. Adianto-me e já antecipo que dos nomeados naquela manhã, um bispo que nunca tomaria posse de sua Diocese (Goiás) e o outro viria a falecer antes de tomar
posse da arquidiocese. O escolhido para Belém do Pará, como sina seria substituir Dom Antônio de Macedo Costa, primeiro em Belém e logo em seguida em Salvador. Mas onde tais fatos podem nos interessar?  Ocorre que três meses após o anuncio de tais nomeações aqui no Brasil, em setembro de 1890, Dom Antonio, Dom Joaquim Arcoverde e Dom Jerônimo foram a Roma, o primeiro para receber o Páleun entre 31 bispos  e os dois outros para a sagração episcopal, que seria realizada em 26 de outubro daquele mesmo ano. Mas acompanhando aqueles bispos, viajava o Padre Eduardo Duarte da Silva. O qual retornava a Roma, a cidade na qual estudara  de 1868  até  1874, quando  das mãos do Cardeal  Constatino Patrizi Naro, recebera a ordenação presbiteral.Eduardo Duarte da Silva nasceu em Desterro (hoje Florianópolis), Estado de Santa Catarina, aos 27 de janeiro de 1852, filho de Carlos Duarte Silva e de D. Maria Leopoldina Marques Guimarães. Fez seus estudos primários e secundários no Colégio de Salvador, dos Padres Jesuítas, na cidade de Desterro, e a educação religiosa no Seminário de São José do Rio de Janeiro. Aos 16 anos, seguiu para Roma, fazendo seus estudos filosóficos e teológicos no Colégio Pio Latino-Americano. Na Cidade Eterna, obteve os graus de Doutor em Filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana. Em sua terra natal, exerceu, durante 3 anos, os cargos de coadjutor da paróquia, de capelão do ‘Hospital Menino Deus’, e de capelão do Asilo das Órfãs. Falecendo seu pai, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde residiu durante 13 anos. Pelos seus magníficos serviços prestados à pátria e à
religião, recebeu de Sua  Majestade  o Imperador  Dom Pedro II,  a ‘Comenda da Ordem de
Cristo’. É a este homem que a providência reserva um papel importante para nossa
História de hoje . E assim voltamos a Roma. Como dizia em 26 de outubro de 1890, o
Cardeal Mariano Rampolla del Tíndaro sagrava os novos Bispos de Belém,o Cearense de Sobral Dom Jerônimo Tomé da Silva e o  de Goiás, Dom Joaquim Arcoverde. Um Cearense e um
pernambucano, os co-sagrantes foram Dom Antonio Macedo Costa e Dom
Domenico Ferrata, então secretário da Congregação de Negócios Eclesiásticos
Extraordinários do Brasil.Na manhã seguinte Dom Joaquim Arcoverde , apresentava a renuncia a sua diocese, criando um grave problema para a Cúria Romana. Sim, antes ele já renunciara a
bispo, aqui, apenas terminada a sagração ele renunciava a Diocese de Goiás. Voltaria ao
Brasil e por um bom tempo ficaria em Itu, como capelão de um Hospital, recolhido
e alquebrado pelo ônus do abandono do episcopado. A história seguiria seu  curso... Mas antes
havia um problema para ser solucionado: Quem iria a Goiás? Em 16 de janeiro de
1891, o Pe. Eduardo Silva  com apenas 38 anos de idade e 16 de sacerdócio, foi
intimado pelo Papa Leão XIII, a aceitar o bispado vago de Goiás. E já no dia 2 de
fevereiro de 1891, ele é sagrado juntamente com o novo Bispo de Montevidéu,
Dom Mariano Soler,  pelo Cardeal Lúcido Maria Parocchi, ambos teriam como cosagrantes:  o Bispo resignatário de Goiás, Dom Joaquim Arcoverde e o Arcebispo da
Guatemala Dom Ricardo Casanova y Estrada. Dom Eduardo Silva  seria o primeiro catarinense sagrado Bispo na História. Voltando ao Brasil, a história nos conta que Dom Antonio falece logo em seguida (20/03/1891). Dom Jeronimo toma posse em Belém do Pará e 3 anos depois é
nomeado para Salvador, vacante desde a morte de Dom Antonio. Dom  João
Fernando Santiago  Esberard (Esberrard), coadjutor de Olinda assume a Diocese
quando o titular é nomeado para o Rio de Janeiro, e logo em seguida é designado
para substituí-lo em face de seu falecimento. Será  Dom Esberard já como
Arcebispo do Rio, que irá crismar o pequeno Carlos Duarte Costa.Dom Arcorverde, irá ser designado depois Coadjutor de São Paulo, Assumirá como Diocesano e depois será o sucessor de Dom Esberard como Arcebispo no Rio de Janeiro. Monarquista e devido à amizade com Dom Pedro II, Dom Eduardo sofreu em Goiás, tendo o Comandante militar local ocupado e desapropriado o seminário diocesano. Dom Eduardo, homem resoluto, não se fez de rogado: sabendo que podia residir em qualquer cidade da diocese, em 1896 iniciou uma viagem de 34
dias, com uma tropa de 60 burros, acompanhado de 20 seminaristas, dos livros da
Diocese e da cozinheira viúva que tinha um bebê que, educado com os
seminaristas, morreria em Uberlândia , como Monsenhor Eduardo. Chegou
triunfalmente em Uberaba em 10 de agosto de 1896. A diocese Goiás se estendia até a Diocese de Mariana, com 94 paróquias, 54 sem padre.  Para esta cidade, trouxe D. Eduardo Silva o Seminário Episcopal de Santa Cruz, instalando-o no prédio onde funcionou o Colégio Uberabense (hoje, o Colégio Diocesano). Introduziu, também, na Diocese, os Padres Franciscanos, Eremitas de Santo Agostinho e os  Agostinianos Recoletos.
Em Uberaba, com o auxílio do Cel. Vicente Francisco de Macedo e dos
Padres Francisco Vaz da Cunha, Augusto da Rocha Maia e Cônego Aurélio Elias de
Sousa, construiu o Palácio Episcopal (na atual Praça D. Eduardo), que se
inaugurou em junho de 1902. Em 1903, prestou mais extraordinário serviço a Uberaba, conseguindo que os Revmos. Irmãos Maristas viessem para esta cidade. Entregou-lhes a direção do Colégio Diocesano do Sagrado Coração. Depois, edificou a Capela do Sagrado Coração de Jesus (hoje, Igreja da Adoração Perpétua), inaugurada no dia 27 de janeiro de 1907. Remodelou a Igreja Matriz e a Igreja de Nossa Senhora da Abadia,
entregando esta aos cuidados dos Revmos. Padres Agostinianos Recoletos.
Fundou as Confrarias de ‘São Vicente de Paulo’, ‘Apostolado da Oração’,
‘Associação das Damas de Caridade’, a ‘Associação Católica de Uberaba’.
Ordenou numerosos sacerdotes e, em toda a diocese, fundou diversos
colégios para meninos e para meninas. A Diocese de Uberaba foi finalmente criada por Decreto Pontifício de 29 de setembro de 1907. D. Eduardo foi transferido da Diocese de Goiás para a de Uberaba pelo Breve Apostólico ‘Apostolatus Officium’, de 8 de novembro de 1907, e tomou posse, em sua nova diocese, no dia 24 de maio de 1908.
Aos 16 de julho de 1921, criou a Paróquia de Nossa Senhora da Abadia.
Depois de muitos anos de lutas, de trabalhos e de sofrimentos, renunciou
ao cargo de Bispo de Uberaba, no dia 7 de março de 1923, já com 71 anos.
Retirou-se para o Rio de Janeiro, com o título de Arcebispo de Icônio,
falecendo naquela capital no dia 16 de outubro de 1924. Apenas como curiosidade
histórica, para sucedê-lo seria nomeado  Dom José Tupinambá da Frota, então
Bispo de Sobral - CE, sobrinho de seu amigo, Dom Jerônimo, mas tão logo falece
Dom Jerônimo (15/02/1924), Dom José renuncia a Uberaba e permanece como
bispo em Sobral (10/03/1924).E assim, temos que citar outra curiosidade histórica, o sucessor de Dom Eduardo Silva   eleito em 4 de julho de 1924, seria Dom Antonio de Almeida Lustosa, que em 10 de julho de 1931 seria eleito arcebispo de Belem pelo Papa Pio XI,
mas naquele mesmo dia,04 de julho de 1924 ,o Papa Pio XI, elegeria o sobrinho de Dom Eduardo, o Pe. Carlos Duarte Costa, como Bispo de Botucatu...E é aqui que de fato começa a
nossa história. CARLOS DUARTE COSTA nasceu a 21 de Julho de 1888 na Freguesia de
Santo Antônio, no Rio de Janeiro, na Rua Silva Manuel, N.º 48 (atual Rua André
Cavalcanti), na residência de seu tio, o então Cônego Eduardo Duarte da Silva.
Filho de João da Matta Francisco Costa e Dona Maria Carlota Duarte da Silva
Costa. Recebe os dois primeiros nomes Carlos Duarte, de seu avô materno, o pai
de Dona Maria Carlota.Foi batizado no dia 03 de setembro de 1888, pelo Padre Francisco Goulard.Fez sua primeira comunhão no dia 24 de julho de 1897.Concluiu seus estudos primários no Colégio Santa Rosa, em Niterói, Rio de Janeiro.Criança, com apenas nove anos, inusitadamente seu tio o leva a Roma para estudar no Colégio Internato Pio-Latino Americano. Moço, doente, voltou ao Brasil, concluindo o curso de Teologia em Uberaba.
Foi ordenado presbítero no dia 1º de abril de 1911, pelas mãos de seu tio
Dom Eduardo Duarte Silva. Na mesma igreja catedral de Uberaba, celebrou sua
primeira missa festiva no dia 04 de maio de 1911. Em 1911 e 1912,  trabalhou com seu tio Dom Eduardo em Uberaba como secretário, e, a 04 de março de 1912, mudou-se para o Rio de Janeiro para ser o pároco coadjutor da paróquia de Santa Rita, onde permaneceu até 03 de setembro de 1913, quando foi transferido para a Paróquia da Glória.
Em 05 de fevereiro de 1914 foi nomeado pároco coadjutor do Cura da
Catedral do Rio de Janeiro , e logo após, pároco da Igreja da Luz, onde permaneceu até 1916,
quando foi nomeado Secretário  de Dom Sebastião Leme, exercendo essa função
até 24 de maio de 1923, quando foi nomeado Vigário Geral da Arquidiocese do Rio
de Janeiro. Em 1920, já é cônego do Cabido Metropolitano do Rio de  Janeiro.
Devido à morte de seu primeiro bispo, Dom Lúcio em 1923, Botucatu permanecia
vacante.No dia 4 de julho de 1924, o Papa Pio XI, tomava várias decisões referentes
ao Brasil, nomeava o sucessor de Dom Eduardo para Uberaba, na pessoa de Dom
Antônio de Almeida Lustosa, Salesiano de Dom Bosco; e o Primeiro bispo de  Sorocaba, Dom  José Carlos de Aguirre , e o  também Primeiro bispo de  Juiz de Fora, Dom Justino José
de Sant’Ana, assim como o Bispo Coadjutor de Campanha,  Dom  Inocêncio
Engelke, O.F.M, mas sobre Botucatu, ele tomava duas decisões, primeiro dividia
aquela vasta diocese, criando a de Sorocaba, e em seguida elegia o segundo Bispo
diocesano de Botucatu, o qual com apenas  36 anos de idade era o mais jovem
daquelas nomeações. Assim é que na velha Catedral Metropolitana em 8 de dezembro daquele mesmo ano, Dom Carlos viria a ser sagrado pelo Arcebispo Dom Sebastião Leme,
e co-sagrantes Dom Alberto José Gonçalves, Bispo de Ribeirão Preto e Dom
Benedito de Paula, Bispo Diocesano do Espírito Santo.
O segundo bispo de Botucatu, Dom Carlos Duarte Costa, tomou posse a 2
de fevereiro de 1925 de sua diocese. Seu lema episcopal era: “Dominus Illuminatio
Mea”, que quer dizer “O Senhor é minha Luz”. Já em 21 de junho de 1926, a Diocese de Botucatu era de novo dividida para a criação da Diocese de Cafelândia (hoje Lins).
Em 30 de novembro de 1928 de novo aquela diocese dava origem a uma
nova, agora em Assis.Com a experiência administrativa adquirida na Arquidiocese do Rio de
Janeiro, fundou o jornal “O Apóstolo” para que os fiéis fossem evangelizados e
assim pudessem acompanhar a vida religiosa da Diocese. Também construiu o Orfanato para Meninas “Amando de Barros”, satisfazendo dessa forma, a vontade de um finado Coronel.
Mas a grande aspiração de Dom Carlos era construir uma majestosa
Catedral, uma vez que a antiga (de 1888) não tinha mais condições, e a 08 de
dezembro de 1927, dois anos após sua chegada a Botucatu, lançou a pedra
fundamental da Catedral de Sant’Ana. Fundou a Congregação das “Missionárias de
Santa Terezinha do Menino Jesus” em 07 de junho de 1928 na cidade de Botucatu.
Com a vinda do curso ginasial e da Escola Superior de Comércio para o
prédio Seminário em 1934, Dom Carlos decidiu construir um Novo Palácio
Episcopal para que o Seminário mudasse para o Prédio do Palácio Episcopal.
Concretizado o plano, a 02 de fevereiro de 1932 lançou a pedra fundamental do
novo Palácio, e já em 1934, Dom Carlos estava residindo no novo Palácio.
Na década de 30 foi um dos grandes articuladores da Liga Católica Eleitoral,
onde defendia o voto católico a políticos também católicos. Pretendia dessa forma
preservar o princípio Cristão nas Leis e Atos Políticos, como por exemplo, a criação
de uma norma legal para o divorcio, que é um ato negado aos pobres pela Igreja
católica, mas amplamente amparado pela Bíblia. Em 1932, por ocasião da Revolução Constitucionalista, Dom Carlos formou um “Batalhão dos Caçadores Diocesano”, mais conhecido como o “Batalhão do Bispo”, para lutar ao  lado das Tropas Constitucionalistas. Tal ato causou grande repercussão nacional; Houve quem o apoiasse, pois sendo Dom Carlos carioca, levantou a bandeira paulista e fez mais que muitos compatriotas;  mas houve
também quem desaprovasse, por sórdida inveja ao seu desempenho popular, uma
vez que, agindo como verdadeiro Moisés, buscava por todas as formas e meios a
libertação para o povo brasileiro. Em 18 de abril de 1930, falece o cardeal Arcoverde, amigo e benfeitor de Dom Carlos. A partir daqui ele começa a sofrer por conta da inveja e da
perseguição de seus colegas de episcopado. Tal inveja e perseguição de outros membros do clero não atrapalharam os planos do Bispo, e a meados de setembro de 1932, as tropas rumaram de trem a São Paulo e se engajaram junto  às tropas paulista na luta Constitucionalista em favor dos desamparados operários. Em razão da construção da nova Catedral, do Orfanato e do Colégio, além de outros empreendimentos, Dom Carlos inicia a venda de vários bens da Diocese para poder sanar as dívidas, contraídas com a finalidade de amparar, ajudar e socorrer os pobres e famintos da época. Os benefícios de sua brilhante
administração ainda estão erguidos na cidade paulista de Botucatu, como prova de
sua capacidade. Em 15 de agosto de 1934, em Aparecida da Água da Rosa de São Manuel
ordenou sacerdote ao Pe. José Melhado Campos, futuro Bispo de Sorocaba e único
sacerdote do clero de Botucatu até hoje a chegar ao episcopado.
Esse espírito bondoso e caridoso do Santo Bispo desagradou muitíssimo a
corte romana e o Papa Pio XI resolveu afastar Dom Carlos do governo da Diocese
de Botucatu, obrigando-o a apresentar sua renúncia. A renúncia de Dom Carlos ocorreu no dia 22 de setembro de 1937. Mesmo dia em que Dom Carlos  foi nomeado Bispo Titular de Maura,  E sua saída da diocese deu-se em 15 de outubro de1937. Dom Carlos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou sua  luta contra  o regime de Getúlio Vargas e da aliança do Vaticano com os regimes totalitários. Em 1940, ainda que simples bispo titular, tinha prestigio suficiente para ser co-sagrante de Dom Eliseu Maria Corolli. Sagração essa presidida pelo núncio Apostólico Dom Aloísio Masella e tendo como segundo co-sagrante o bispo auxiliar de Campinas Dom Joaquim Mamede da Silva Leite.
Afastado de sua diocese, Dom Carlos encontra no Rio seu pai espiritual, o
Cardeal Leme, o qual o protege e lhe concede todas as faculdades necessárias
para seguir sua missão episcopal. Mas em 17 de outubro de 1942 falece o Cardeal Leme e seu sucessor, que tomará posse em 15/09/1943, o futuro Cardeal Jaime de Barros Câmara, será um algoz implacável contra Dom Carlos Duarte Costa. Já em 1944 foi preso e pressões internacionais encabeçadas pelo presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt e pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill   fizeram com que o governo federal libertasse-o.
Em 1944, Dom Carlos prefacia o livro “O Poder Soviético”, de autoria de
Hewlett Johnson, Deão de Canterbury. Tal ato repercutiu positivamente em todo o
país: Como um Bispo Católico poderia defender um Anglicano?
O Reverendo  Hewlett Johnson era um clérigo anglicano (1874-1966),
Decano de  Manchester e mais tarde  Decano de Canterbury, onde adquiriu o
apelido de “O decano vermelho de Canterbury” por haver sustentado uma posição
favorável ao regime soviético.No dia 06 de junho de 1944, Dom Carlos é preso em sua residência acusado de comunista, permanecendo preso até 06 de setembro de 1944, quando
foi solto a pedido da Associação Brasileira de Imprensa e das Nações Unidas, que
interveio junto ao Governo Brasileiro por intermédio de suas embaixadas. Em 10 de julho de 1944, Dom Carlos foi proibido de pregar o Evangelho de Cristo e confessar os fiéis, decisão essa proferida pela Câmara Eclesiástica em retaliação aos pronunciamentos proferidos pelo Bispo de Maura.Várias foram as advertências feitas a Dom Carlos pela administração
Apostólica Romana. Mas quanto mais era advertido, mais defendia a fé Cristã, os
operários, e a pátria contra os fascistas e nazistas existentes  na Igreja e sua
hierarquia. Em 1945 Dom Carlos denunciou a Operação Odessa, que afirmou ter
sido organizada pelo Vaticano para permitir a fuga de oficiais nazistas para os países do cone sul .Esgotadas as possibilidades de submissão com Dom Carlos, o mesmo foi
excomungado.  Ao saber da excomunhão pelos jornais, Dom Carlos funda a Igreja
Católica Apostólica Brasileira a 06 de julho de 1945. Apenas 12 dias depois ordena
sacerdote ao Revdo Salomão Ferraz, o qual vinha após ser pastor presbiteriano,
desejava tornar-se católico e assim em 15de agosto 1945 é sagrado Bispo de São Paulo.
Três dias depois (18 de agosto 1945) em seu maravilhoso “Manifesto à Nação”,
Dom Carlos critica a Igreja Católica Romana e coloca os princípios evangélicos no
centro da Igreja Católica Apostólica Brasileira. Em 02 de fevereiro 1946 sagra Dom Jorge Alves de Sousa Apesar de Dom Carlos já ter sido afastado como Bispo membro da Igreja
Católica não mais exercendo qualquer cargo ou função nela, a 24 de julho de
1946, Dom Carlos foi novamente “excomugado vitandus”, isto é, um excomungado
a  ser evitado por qualquer católico romano , mas nunca recebeu a tal citada Bula pontifícia. Notícia boa pois desejava ardentemente ser esquecido e também esquecer que um dia havia
pertencido à esta  igreja que mais contribuiu para exploração dos negros e dos
operários brasileiros e assassinatos dos índios, pois quem não aceitasse o batismo seria morto.
Dom Antídio José Vargas, que era sacerdote romano da Diocese de Lages SC, vem unir-se a
Dom Carlos e é o responsável pela construção do primeiro templo edificado para a ICAB. Em 08 de dezembro de 1948 .Na Venezuela,  um jovem padre,  Luis Fernando Castillo Mendez, suspenso de ordens, junto com  outro colega, Padre Verde tomam conhecimento do
movimento no Brasil e assim em 18 de outubro de 1947, nasce a Igreja Venezuelana. Mas
somente em 03de maio de 1948, em Balboa, na Zona do Canal do Panamá é que Dom Luis Fernando pode ser sagrado. Em 21 de junho de 1950, ele é expulso de seu país e vem
residir no Brasil. Em 18 de julho de 1960 Dom Luis Fernando é nomeado para Bispo da nova
Capital Federal , Brasilia. Dom Diamantino Augusto Pereira da Costa era um leigo, casado e comfilhos. Foi ordenado sacerdote e em  15 de agosto 1954 foi sagrado como 1º. Bispo de
Recife. Em 29 de Junho de 1955, o sacerdote boliviano Pedro Luiz Hernandez é
sagrado Bispo. Seguem-se outras sagrações: Dom Pedro Santos Silva em 04 de novembro1956 e Dom Orlando Arce Moía, em 30 de novembro 56 (Chile)  Dom Carlos faleceu no Rio de Janeiro a 26 de março de 1961, 16 anos após a fundação da Igreja Católica Apostólica Brasileira-ICAB ,o mesmo ideal que nasceu na regência Trina do Padre Diogo Feijó, banhada com martírio de Frei Caneca, apregoada pelo sábio Rui Barbosa e exterminada criminosamente com o assassinato do Cônego Manoel Amorim de Itapira - SP.  E é nomeado para Belém do Pará, pela icab  o Bispo Dom José Barbosa dos Anjos sagrado em 31 de julho de 1960 e faleceu como Bispo de Belém do Pará em 06 de Fevereiro de 1991 ,mas no ano de 1980 é Sagrado Bispo pelo Patriarca da Igreja Brasileira Dom Fernando Castillo Mendez,  o Presbitero Santareno , Eduardo Mota. E é erigida no 7º. Concilio Nacional. 09 de Janeiro de 1980.  a Diocese de Cametá, o então Bispo Dom Eduardo Mota , Conhecido como Padre Barbudinho, assume a missão com o Lema “ por amor aos pobres”.em Latim “Propter Pauperes “. Em 31 anos de luta pela evangelização na região tocantina ele se prepara na sua realidade de caboclo mocorongo agora cabolclo cametaense, disposto como ele diz a meter o pé na lama e escorregar de cima do miritizeiro, pra quem anda pelas ilhas sabe que estou falando, apoiado pelo abrigo de assistência São Francisco de Assis, devoção de seu coração , apoia os excluídos e se guia pelo amor aos menos favorecidos em sua caminhada religiosa , e em suas brigas e discussões com tudo e com todos recai agora sobre nós a missão de defender o legado que ele nos deixou , vamos lembrar dele como um pai e pastor que de sua maneira sábia no seu  caboclíssimo, a necessidade da fé de um povo , neste Estado que se chama Pará ,onde o então reverendo Cônego Ricardo Vicente dos Anjos , recebe de Dom Eduardo Mota ,devido ao seu estado de Saúde abalado , o indica como seu Bispo Sucessor e encaminha carta ao Colégio dos Bispos da Provincia Anglicana Tradicional do Brasil ,onde em Agosto de 2011 foi eleito Bispo da Diocese do Pará, com a data da Sagração marcada para  Dezembro de 2012, Mas em 01 de Janeiro de 2012 veio então a Falecer o Bispo Dom Eduardo Mota, que se recuperava de um AVC e com este acontecimento o Arcebispo Provincial Dom Rui Costa Barbosa nomeia o Rev Conêgo Ricardo Vicente Dos Anjos como Admistrador Apostolico, e devido a necessidade de um Bispo Diocesano a data da Sagração será abreviada para 15 de julho de 2012 , para ser Pastor da Porção do Rebanho de Fiéis da Igreja Anglicana Tradicional do Brasil no Estado do Pará .

Que Deus nos Abençoe e Nos Guarde. Amém.

Por Deus Luz e Verdade.


                                                                                   Ananindeua - Pará 04 de março de 2012
                                                                                   Reverendo Cônego Ricardo Vicente dos Anjos

Fontes : revistas , jornais  e informativos da ICAB

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


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    Eu, Dom Ricardo Vicente dos Anjos, chamado a continuar a Missão Apostólica recebida de Jesus Cristo por vontade de Deus Pai e ação do Espirito Santo e da Igreja Anglicana Tradicional do Brasil que está na Diocese Anglicana Tradicional do Pará.
“àqueles que foram santificados no Cristo Jesus, chamados a ser Santos, junto com todos os que em qualquer lugar invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, do Espirito Santo e do Senhor Jesus Cristo” (1Cor1,2-3).
É com sincera e imensa alegria que me dirijo pela primeira vez a todos vocês, meus futuros diocesanos, desde o dia em que foi anunciado oficialmente pelo Arcebispo Dom Rui Costa Barbosa nosso Provincial me escolheu para ser o novo Bispo Diocesano do Pará.
 Escrevendo-lhes com toda alegria, quando recebi a comunicação de Dom Eduardo Mota que seria o indicado a ser seu sucessor e que deveria assumir o compromisso de levar a todos os que quiserem a Palavra de Deus e que deveria exercer minha Missão Apostólica na Diocese do Pará , pois desde meados do ano de 2002 o acompanhei na árdua missão de Evangelizar, Deus me chamou agora, uma vez mais, para uma nova missão: Amar esta terra e anunciar o seu Evangelho e ajudar na construção do Reino de Deus em todo lugar.
“Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo2,17).
 Sim meus queridos irmãos e irmãs tenho a absoluta convicção de que minha eleição a Bispo Titular da  Diocese do Pará , à luz da fé na Trindade Santa e do amor à Igreja, e a nossa Mãe Santíssimase insere no projeto de Deus que dirige nossa história por caminhos, às vezes, imprevisíveis e até então desconhecidos. Inclusive devo confessar-lhes que com a graça de Deus Pai que o Rebanho a mim confiado não haverá cansaço para reclamar e nenhum obstáculo que não possa ser superado e a força do Espirito Santo me conduza e me dê forças para que esteja à altura da nova missão que me foi confiada.
 O menino Jesus “crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele” (Lc 2,40).
Queridos irmãos e irmãs, posso imaginar a expectativa de todos vocês para com a chegada do novo Bispo: Qual o seu jeito? Como é o seu modo de pensar e de agir? Da minha parte, prometo-lhes que farei tudo o que estiver dentro das minhas capacidades e possibilidades para corresponder aos seus anseios e expectativas.
Posso bem imaginar o quanto de bom e de salutar foi implantado na Diocese do Pará em que esta denominação desde a sua criação em 2009 com o nome de Diocese Thomas Cranmer Norte e Nordeste e depois Diocese do Pará. Prometo-lhes que procurarei valorizar e respeitar a caminhadadesses três anos desta Igreja no Estado do Pará. Reverencio com respeito e gratidão do seu primeiro Bispo Dom Eduardo Mota já chamado para participar da glória celeste, Agradeço de coração ao meu irmão no episcopado que por mais de 40 anos dedicou sua vida aos pobres e aos desvalidos da palavra de Deus, Quero também dar graças a Deus pela atuação do Administrador Diocesano o Padre Luis Augusto Simões Symanskimeu antecessor que lutou para que esta Diocese fosse implantada sobre a extinta Diocese de Cametá certamente, com muito esforço e dedicação − pelos queridos Padresseminaristas, consagrados e consagradas, pelos cristãosleigos e leigas nas paróquiase pelos evangelizadores de todas as pastorais, movimentos religiosos Por todas as Missões e Pontos Missionários, associações, irmandades e confrarias e por tantos outros que, de uma maneira ou de outra, têm contribuído para que a querida e amada Diocese do Estado do Pará seja o que ela é na atualidade, recém nascida , mas com o tempo irá ganhar maturidade Queridos irmãos e irmãs, retomando a passagem evangélica da pesca milagrosaconclamo-os: É tempo de crescermos no amor a Deus e à Igreja de
“avançarmos para águas mais fundas” (cf. Lc 5,4),
De ir em busca do novo e do ainda não vivido plenamente, confiantes na força renovadora do Espírito Santo que “sopra onde quer” (Jo 3,8).
 Na exigente e ilimitada tarefa de tornar nossa Igreja Diocesana “a casa e a escola de comunhãosempre há espaço para darmos um passo a mais no caminho do diálogo sereno e adulto, na plena participação eclesial, na vivência da fraternidade e da unidade entre todos os irmãos e no compromisso sempre renovado da nossa fé no Cristo Ressuscitado.Nisto conto em primeiro lugar, com a graça de Deus, a quem repito
“Tudo posso naquele que me Fortalece.” (Fl 4,13).
 Confio na colaboração amiga e fraterna de Nosso Arcebispo Provincial e de todos os BisposAnglicanos Tradicionais do Brasil dos padres diocesanos e religiosos,
 “minha alegria é minha coroa” (Fl 4,1),
Todos chamados a serem “discípulos missionários de Jesus, o Bom Pastor”, ainda mais que estamos vivendo as alegrias deste abençoado Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para o bom desempenho do meu ministério episcopal, preciso da ajuda dos futuros Diáconos − graças a Deus futuramenteserão numerosos e atuantes na Diocese do Pará −, chamados a serem discípulos missionários de Jesus e Servidor na fé  Confio também na colaboração e no apoio dos queridos seminaristas da Diocese, a quem prometo dedicar um amor privilegiado, a fim de que eles venham a enriquecer a família presbiteral diocesana e os futuros Diáconos prontos para o Serviço do Reino de Deus ,  A presença dos consagrados e consagradas é um dom peculiar a qualquer Diocese, pois a enriquece em santidade e testemunho radical do Reino. A eles também − tanto deativa como também contemplativa −, chamados a serem discípulos missionários de Jesus,

“a Testemunha fiel” (Ap1,5),
 Peço orações, ajuda e colaboração. Conto também com tantos cristãos leigos e leigasdiscípulos missionários de Jesus, Luz do Mundo, espalhados por todas as regiões da Diocese e protagonistas de uma Igreja como família de Deus e de um mundo mais fraterno, justo e solidário. Penso que na nossa ação evangelizadora em algumas frentes, das Confrarias e Irmandades que mantem a união das famílias e comas formas diversas de evangelizar mostrando que ainda podemos guardar uma sincera devoção ao Jesus Misericordioso nas antigas Tradições e que demonstram uma verdadeira Fé ,entre outras que  merecem uma atenção especial: a família, os adolescentes e os jovens, o Serviço de Animação Vocacional a comunicação social, e os que sofrem qualquer forma de exclusão e discriminação. Por fim, quero congratular com todos os irmãos das outras Denominações Cristãs e Confissões Religiosas; e também com os que procuram a Deus mesmo sem conhecê-lo,na sua luta pela verdade, pela Promoção Social e pela Defesa da Vida; com todas as autoridades constituídas do nosso Estado do Pará e a todos os municípios que formam este vasto território e mais o Estado do Amapá, a Diocese do Pará e com todos aqueles que são chamados a serem discípulos missionários de Jesus Cristo na vida pública para o engrandecimento deste nosso Brasil.
 “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).
No decorrer dos meus sete anos comoDiácono e Padre agradeço a proteção de mãe da sempre Virgem Maria que tem sido sempre presença amiga, consoladora e animadora e incentivadora devo dedicar-me a minha nova missão como Bispo com vocês e para vocês. Nela coloco sua maternal proteçãono novo pastoreio que recebi da Providência Divina.
Com o meu lema “Por Deus Luz e Verdade”
Que a Virgem Maria, perfeita Discípula Missionária do Pai, nos ensine a fazer tudo o que seu Filho nos disser a fim de que sejamos verdadeiros e autênticos discípulos missionários do Senhor Jesus Cristo na Igreja Cristã e no mundo.
 Este primeiro dia do início da minha missão como Bispo do Pará, peço que rezemos uns pelos outros.
“O meu Deus proverá magnificamente todas as vossas necessidades, segundo a sua riqueza, em Cristo Jesus“ (Fl 4,19)
A todos abençoo em Nome do Pai do Filho e do Espirito Santo. Amém.

São Paulo SPBrasil 15 de Julho de 2012AD


+ Ricardo Vicente dos Anjos
Bispo Diocesano do Pará 
                                                                                    “Por Deus Luz e Verdade”

terça-feira, 4 de setembro de 2012

 Se você quiser fazer parte de nossa familia, é só entrar em contato conosco:

Revmo. Dom Ricardo Vicente -
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                                             ou (096)91699009
Rev. Pe.Franciney Rodrigues -  (091)82968935
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Realizamos:
* Batizados
* Casamentos
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Obs.: Fundamos comunidade nas zonas Rurais ( Vilas e Povoados ) ou Urbana...Nossa Missão é Evangelizar, e para ir aonde ninguém quer ir e anunciar o Reino de Deus ...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Novo Bispo do Pará
No dia 15/07 ao final II Encontro Provincial da Igreja Anglicana Tradicional do Brasil, ocorrido na Paróquia Anglicana São Judas Tadeu em São Paulo - SP, foi realizado a Sagração Episcopal do Rev. Ricardo Vinícius dos Anjos da Diocese do Pará, para a função de Bispo diocesano da mesma. 

A sagração contou com a presença dos Bispos sagrantes ++Dom Rui Costa Barbosa, Arcebispo Provincial e Ordinário da Diocese do Sudeste, ++Dom Orvandil Moreira Barbosa, Ordinário da Diocese Brasil Central, e ++Dom Jorge dos Santos Costa, Ordinário da Diocese da Bahia. Estavam presentes também os clérigos da Província juntamente com a comunidade local da Paróquia Anglicana São Judas Tadeu. 

Rezemos por Dom Ricardo para que seu pastoreio seja iluminado pelo Espírito Santo e que o Jesus o bom Pastor seja o modelo a ser seguido.